Cidades de muitas águas
Ó Sobradinho
Cidade das muitas águas,
Quem chega não quer sair,
Do abrigo de tuas asas
Na tua abundância de energia,
Qual seria a explicação,
Eletricidade Verde limpa
Para o progresso da nação.
A ti, te entitulo,
Sobradinho minha flor,
Que exala doce perfume,
De um povo trabalhador.
Mistura de gente que veio do Sertão,
Sertão paraibano, do Pernambuco e Ceará,
Aí está o teu segredo;
O povo que veio de lá.
Planejada se edificou,
Valorizando o trabalho de sua gente,
Sua raça, sua cor.
Fonte de energia pro Brasil engrenar,
Nos teus jovens há ciência,
O amanhã assim será.
Dentre outras cidadelas,
Nunca vi uma mais bela,
Tu és a Cinderela,
És farol de muitas velas,
Que tem noites à alumiar.
Para finalizar este poema,
Vou falar o que faltou,
Entre serras e arbustos foi ali que se formou,
Banhada pelo Velho Chico,
Muito sangue derramou,
No concreto da Barragem,
Vida alheia se ceifou,
Debaixo de choro e lágrimas,
Esperança se formou,
Teu nome logo surgiu,
Sobradinho linda flor.