UMA CANÇÃO AFRO-BRASILEIRA

O canto ecoa pelos vales, vilas e vielas

ladeiras, penhascos e favelas

montes, montanhas e fazendas

A voz forte e vibrante

de quem tem Iansã e Xangô

como guardiões de cabeça

A tez negrazulada

Vem de Ouro Preto à Costa do Marfim

que clama a clemente herança africana

Na geral de Minas

Som de tambores em uníssono de MIlton-Zé-Jobim

chamam o auxílio luxuoso das almas cambinas

Venha, príncipe ébano

colher e recolher o grosso sal da Terra

circunvagando a caatinga e os canaviais afora

E sobretudo, retire do cerne de toda a riqueza lírica

A sabedoria empírica

de uma canção de guerra.

FELIPE REY

Felipe Rey
Enviado por Felipe Rey em 19/01/2008
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