A MEIRELES E A OLIVEIRA
A folha na mesa, sempre posta, sob a ternura
De um sorriso de canto e uma caneta na mão;
As palavras borbulhavam n’uma lírica fervura,
Com temas vários: melancolia, amor, paixão…
Há muitos anos, com livros repletos de versos,
Compunha com maestria, numa obstinada vigília,
Poesias que tinham sábio sentir sempre imerso,
A nossa brilhante Meireles, nossa poetisa Cecília.
Hoje, de olhos voltados para uma história físsil,
Outra escritora desliza sobre o teclado as mãos,
Lépida, resgatando memórias, tal qual um míssel,
Fazendo surgir belas crônicas em linda explosão.
História de nosso povo, histórias de nossa gente,
Palavras, parágrafos e lindas crônicas na tela;
Dos frutos moídos surgem os livros pungentes,
Da Oliveira da Terra, a nossa conterrânea Estela.
Assim como no ovário das flores, cena tão bela,
Surgem os frutos para nossos saborosos azeites;
Da mente, do coração e alma da Oliveira Estela,
Ressurge a história para nosso saudoso deleite