TERNURA

(para Diego, filho tão querido)

eu o olhava

com tanta ternura

a camisa bem passada

a gravata

a abotoadura

eu o olhava

e pensava

em seus primeiros passos

seu primeiro

sorriso

primeiro dentinho

quanto carinho!

os cabelos que insistiam

em cair na testa

e queriam rapidinho

chegar aos olhos

a mãozinha sempre procurando

meu nariz

para apertar

era seu jeitinho

de me acarinhar

meu menino cresceu

e estava ali

ia se casar

e o tempo foi voando

quase dez anos

se passaram daquela data

e eu o vejo tantas vezes ainda no bercinho

me chamando

chorando

querendo colo

Deus! os filhos

não crescem para as mães

continuam sempre meninos

e lindos

e as mães por eles dão leite, o peito

a vida

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 16/12/2024
Código do texto: T8220515
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