TERNURA
(para Diego, filho tão querido)
eu o olhava
com tanta ternura
a camisa bem passada
a gravata
a abotoadura
eu o olhava
e pensava
em seus primeiros passos
seu primeiro
sorriso
primeiro dentinho
quanto carinho!
os cabelos que insistiam
em cair na testa
e queriam rapidinho
chegar aos olhos
a mãozinha sempre procurando
meu nariz
para apertar
era seu jeitinho
de me acarinhar
meu menino cresceu
e estava ali
ia se casar
e o tempo foi voando
quase dez anos
se passaram daquela data
e eu o vejo tantas vezes ainda no bercinho
me chamando
chorando
querendo colo
Deus! os filhos
não crescem para as mães
continuam sempre meninos
e lindos
e as mães por eles dão leite, o peito
a vida