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Escrevo relativos poemas
Dispersos escritos de um ermitão
Vivo no exercito de um homem só
Solitário com os livros empoeirados
Colecionador de carências carnais
Adentrando os corpos encardidos
Com o vigor de um soldado ferido
Perplexo com a leviandade humana
Um animal covarde e perigoso
Agindo por detrás dos panos
Enquanto a solidão corroeu a sua alma
Escrevo o que vou esquecer
Lembro do que não escrevi
Sou um paradoxo da verdade e do mentir
Esperando o ultimo verso
Aquele que enfeitara a minha lapide
O poeta que preferiu desistir
Otreblig Solrac - O poeta burro