DESPERTA-ME ALEJANDRA

Transfiguras minha substância,

Sem ao menos saberes disto!

Por refletires a versão mais enigmática,

Do qual eu tanto quero e preciso.

Sois sim, o vento eterno sobre minhas asas imortais,

Que definitivamente sua natureza indomada se revela,

Ser aquela mulher guerreira, a agente do destino,

E Fazendo-me com que eu mergulhe, sim,

Em teus sublimes mistérios argentinos.

Desperta-me Alejandra!

Com o seu poder transformador,

Da celebração que coloca-me em ti,

Presente incondicionalmente no desconhecido.

És a escolhida de tantas musas,

Dessas que não são como você.

Já que vens a personificar o que é irresistível,

A escrita, que acabo por me enfeitiçar.

Teus olhos se convergem,

Para a metáfora da sedução e,

Se completando num êxtase frenético transcendente,

Quando há a doçura de tudo que sois em questão.

E nesse entremeio,

Estão a minha dualidade que,

Uma hora manifesta-se como poeta,

Na outra, se oculta em teu universo.

Se a taça de um vinho se transborda,

Sei que é de seu interior, o que me consome.

A cada estrela que surge na constelação,

Abriga-me como sendo a morada da inspiração,

Deixando-me no silêncio do meu próprio “eu”,

Que de forma constante vou vendo-te expressiva,

Num lampejo de ideias que me apresentas,

Ao seu tempo que se segue, dando-me alegria.

Poema n.3.110/ n.81 de 2024.

PARA A MUSA ALEJANDRA

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 14/11/2024
Código do texto: T8196576
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