Minha mãe

Quantas tristezas povoam

O coração de minha mãe

E eu, incompetente,

Posso dar-lhe somente

Uma pequeníssima alegria

Quantas lutas travadas

E o destino contra

Tantos trabalhos

E nada recompensado

Amou sempre a todos

Sem retribuições

Grande mulher para as pessoas

Grande mulher para Deus

Neste momento quero ser rico

A riqueza serviria

Para abrigar minha mãe

Em uma vida melhor

Arrancá-la do sofrimento

Que males dos outros impõem

O mundo é cruel

Com quem ama

Minha lágrima

Não apagará

O sofrimento

Que eu também causei

A uma santa

Se Deus recompensa os injustiçados

A adorável mulher é bendita.

Rodison Roberto Santos,

São Paulo, 1997

Rodison Roberto Santos
Enviado por Rodison Roberto Santos em 11/11/2024
Código do texto: T8194212
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