O brasileirinho, amigo, quando você o tocou ao piano ainda ressoa na minha memória
O brasileirinho, amigo,
Quando você o tocou ao piano
Ainda ressoa na minha memória
Os acordes foram para o espaço
O piano se extasiou com sua execução
E ao sentir seu dedilhar decidiu derramar-se
Em sublimidade e esplendor
Mesmo se o público era composto por
Duas audições reverenciadoras da melodia
Sei, amigo, realizou belezas outras
Para mim, o sentido de sua vida foi estampada ali
Naquele brasileirinho que nos encantou
E até os passarinhos emudeceram para ouvir notas musicais
(Homenagem a meu amigo músico Djalma Cordeiro – em memória -, que dedilhou o piano numa espécie de recital ao tocar o brasileirinho como nunca.)
Rodison Roberto Santos
São Paulo, 27 de agosto de 2023