a tinta flor
Como a mais singela tinta flor
de uma altiva rosa-do-deserto,
disposta sobre o meu parapeito,
aos ludovicenses ares de outubro,
estais presente em meu coração,
ó, suave dama da minha paixão.
Vós sois a mestra na minha poética,
no corpo-texto que se faz estética.
Chamo-vos. Vós que sois a mais brava;
canto-vos as virtudes que vos ultrapassam
e me trazem a vossa presença, tão rara,
como a delicada flor que, no tempo, passara.