DOCINHO
Ontem foi difícil para mim, pois você partiu.
Mas, amenizei meu coração já que sofria.
Essa doença maldita que rápido te consumiu.
Ver você chegar ao final doeu, pois não merecia.
Guardarei, no entanto, as lembranças na mente e coração.
Desde que te conheci em abril de 2020 como voluntária.
Como esquecer da pequena amarelinha que era só afeição.
Gostava do buraco da jardineira no qual se encolhia.
Do seu passado, só conheço o que ouvi falar pelos mais velhos.
De que havia chegado na Universidade há mais de dez anos.
Que tinha sido mamãe e depois os bebês foram adotados.
E você no portão 3 continuou e foi castrada logo após.
No portão 3 te conheci e me encantei com o seu olhar.
Por muito tempo, íamos sempre te visitar e alimentar.
E no final do ano de 2022, você começou a se urinar.
Lembro que a doutora veterinária foi lá te examinar.
Constatada doença de verme no coração, precisava se cuidar.
Foi quando resolvemos um lar temporário te dar.
No dia 28.12.2022 você foi então com a gente morar.
E com a ajuda do Projeto de te começamos a cuidar.
Alguns meses depois, finalmente, você estava curada.
Mas com o seu jeito meigo, já havia nos conquistado.
E ficou conosco a morar, pois erámos a família adotada.
Ficamos por demais maravilhados, por ter nos conquistado.
Você era só alegria, fazia festa quando a gente chegava.
Corria de um lado para o outro e sorria pedindo carinho.
Não saía nem com o portão aberto, e de alegria pulava.
Não foi a toa que lhe deram o lindo nome de Docinho.
Você amava deitar-se ao sol e ficar se bronzeando.
Gostava de subir em coisas altas e ficar tudo olhando.
Pequena e muito agitada, latia com os cães, educando.
Ninguém com você se metia, pois tu eras o comando.
Sentiremos de ti, muitas saudades, minha pequena.
Creio que foi feliz nesses quase três anos ao nosso lado.
Tentamos não deixar nada te faltar e te dar uma vida amena.
Agora, viverá ao lado de Deus sem aquela dor e sofrimento dado.