PARA SEMPRE, CAMILA
Teus olhares no silêncio se conversam,
Plenamente com as rimas proféticas de minhas obras,
Quando aquietas minh’alma em seu repouso profundo,
Dizendo-me que sou o satélite e és, indubitavelmente, o sol.
Assim, como a perfeição do paraíso,
A constelação que se vê nos céus,
Vejo-te, sem mancha a transcender-me,
Com sua voz lírica a entoar nos campos verdejantes,
Que és bem mais do que se pode imaginar. Para sempre, Camila!
Vens como a bela adormecida,
Tornando-se minha musa, na vida alternativa e,
Sendo o meu espaço de luz, cujo olhos fixos no mar,
Estão a admirar-te ao sair das águas a inspirar-me,
Deliberadamente, provocando o sentido do milagre.
De que maneira, eu posso buscar-te,
Já que existe somente uma rosa vermelha,
Que se consagra com o vinho dos deuses,
E que nunca vem a ser tão transeunte?
Em meio aos tangentes e devaneios,
Encontra-se a sua inestimável graça,
E meu coração na misticidade da escuridão,
Onde em ti mesma, tudo é-me convidativo.
Desta forma, todos os pormenores seus,
São deveras, algo a serem grafadas,
Numa determinada epístola, no qual,
Encadearia, em sua substância poética,
Tanto o poeta em seu eu-lírico a percorrer teus dons,
Quanto tua feminilidade no que se traduz por oculto e,
Desaguaria numa produção literária. Onde perguntaria-me:
O que eu exponho de mim, ao estar completamente a versejar-te?!.
Poema n.3.107/ n.78 de 2024.
POEMA PARA A MAIOR MUSA - CAMILA