PARA SEMPRE, CAMILA

Teus olhares no silêncio se conversam,

Plenamente com as rimas proféticas de minhas obras,

Quando aquietas minh’alma em seu repouso profundo,

Dizendo-me que sou o satélite e és, indubitavelmente, o sol.

Assim, como a perfeição do paraíso,

A constelação que se vê nos céus,

Vejo-te, sem mancha a transcender-me,

Com sua voz lírica a entoar nos campos verdejantes,

Que és bem mais do que se pode imaginar. Para sempre, Camila!

Vens como a bela adormecida,

Tornando-se minha musa, na vida alternativa e,

Sendo o meu espaço de luz, cujo olhos fixos no mar,

Estão a admirar-te ao sair das águas a inspirar-me,

Deliberadamente, provocando o sentido do milagre.

De que maneira, eu posso buscar-te,

Já que existe somente uma rosa vermelha,

Que se consagra com o vinho dos deuses,

E que nunca vem a ser tão transeunte?

Em meio aos tangentes e devaneios,

Encontra-se a sua inestimável graça,

E meu coração na misticidade da escuridão,

Onde em ti mesma, tudo é-me convidativo.

Desta forma, todos os pormenores seus,

São deveras, algo a serem grafadas,

Numa determinada epístola, no qual,

Encadearia, em sua substância poética,

Tanto o poeta em seu eu-lírico a percorrer teus dons,

Quanto tua feminilidade no que se traduz por oculto e,

Desaguaria numa produção literária. Onde perguntaria-me:

O que eu exponho de mim, ao estar completamente a versejar-te?!.

Poema n.3.107/ n.78 de 2024.

POEMA PARA A MAIOR MUSA - CAMILA

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 20/10/2024
Código do texto: T8177668
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