Tou com as mãos
Tou com as mãos
E os ombros doendo
Gastei os anos e os
Segundos construindo
Doces de abóbora
Mexendo a colher
De pau dos doces
De banana de palha
E nem aprendi a
Remexer as cadeiras
Bolir o corpo
Brincando de bambolê
Subindo e abaixando
Para jogar gude
Suspendendo o pescoço
Para empinar raias
Vou só olhar o
Rio correr
Porém não vou
Entrar nas águas
Frias pois
Elas são fortes.
Rodison Roberto Santos
São Paulo, 20 de agosto de 2024.