O Labirinto de memórias, o "fio de Ariadne"!
Eu realmente preciso lhes confessar algo:
O reencontro com Ariadne foi real, rapidinho, na fila do banco,
Mas retratei os sentimentos causados em forma de exagerada dramatização.
Se eu e meus versos também ficarmos famosos, quero esclarecer tudo no preto e no branco...
Espero que as lembranças acordadas com esse encontro
Sejam realmente gravadas aqui, nesse poema como, verdade absoluta.
Eu realmente fui apaixonado por ela; no máximo, fomos amigos.
Apenas meu solitário coração órfão fez dela um motivo para continuar a luta...
Desde que nos reencontramos, percebi que ela continua bela,
Como no último dia que estudamos juntos, a última vez que havia visto ela.
Meu cérebro voltou a sentir-se jovem novamente, talvez pela nostalgia,
E eu escuto "The Way You Make Me Feel" em minha cabeça todo santo dia.
Por algum motivo, lembro-me constantemente da cesta solitária de basquete,
Onde ela me vencia no vinte e um em toda aula vaga.
São lembranças carinhosas de um tempo que o tempo tentou apagar,
E que, em meu cérebro, ela conseguiu resgatar, restaurar...
Se algum de meus poemas cordialmente chegarem ao seu conhecimento,
Espero que seja este, que escrevo com carinho e sem lamento.
Vê-la de novo acendeu uma centelha gostosa no meu peito,
Que me aquece e me deu coragem para tentar coisas nas quais nunca levei jeito.
Não quero me estender muito, mas o fato de não ter lembrado dela na mesma hora,
Foi mais demérito da minha memória fraca do que pela falta de uma beijoca...
Hoje, lembrado, guardo essas lembranças com carinho,
Até mesmo de quando te provocava e corrias atrás de mim no primeiro aninho.
Se um dia nos reencontrarmos, se o destino me der outra chance,
Certamente, se te permitires, perderemos horas conversando,
Viajando em memórias e sentimentos, apenas os relembrando.
Espero encarecidamente que este poema te alcance...