Cicatrizes da Infância!

O brilho do sol naquela manhã era intenso, dando as boas-vindas,

Os olhos curiosos do menino se abriram sem pressa para a vida.

O pequeno não fazia ideia dos grandes desafios que o aguardava,

Num mundo traiçoeiro que ronda um berço na lágrima acalentada.

Crescia feliz ao lado da família, um sorriso a cada simples conquista,

Falar, caminhar, cair e levantar, façanhas do inexperiente malabarista.

Um salto ligeiro da infância para a adolescência, com que se importar?

Família, igreja, escola e amigos, bens que deseja de sua vida suplantar.

Um gole, um trago de prazer, um roubo para intensificar a adrenalina,

Uma droga mais potente e aos quinze anos pura carência de mielina.

Os caminhos antes trilhados na presença de Deus foram desprezados,

Submerso nos prazeres da marginalidade em conflitos consolidados.

Trinta anos se passaram, e seus pais já partiram para a glória eterna,

Mas Deus na sua infinita bondade se lembrou das orações paternas.

Durante noventa dias entre a vida e a morte em um hospital social,

Advém o milagre quando clamou a Deus por salvação sobrenatural.

Esta é uma deprimente experiência familiar pelo autor vivenciada,

Um vacilo da parte dos adultos e a vida de uma criança é aliciada.

Ocasião para o inimigo trabalhar e desviá-la das doutrinas corretas,

E muitos jamais regressam a fim de cuidar das feridas abertas.

As cicatrizes da infância prejudicam profundamente a vida adulta,

Sofrimentos contidos, marcas expostas ou muitas vezes ocultas.

Os traumas de infância não devem determinar a presente trajetória,

Com ajuda e dedicação conseguem escrever uma nova história.

Aquele que se entregou a dor do abandono, da injustiça e da rejeição,

Que carrega marcas com consentimento na fronte, nos pés e nas mãos.

Tem o toque de amor e compreensão e poder de nos fazer restaurados,

Cristo traz paz nas cicatrizes infantis, e nas suas cicatrizes somos curados.

Luzia Ditzz.

J Monteiro, 15 de setembro de 2024

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