Carta aos meus parentes e amigos

Eu olho para cada rosto familiar, cada amigo distante,

Vendo suas jornadas, como rios que se desenham a todo instante.

Cruzam montanhas e vales, sob sol ou tempestade,

E seguem, mesmo que o destino pareça ser apenas a saudade.

Alguns caminham em campos de flores, outros em estradas de pedra e dor,

Mas todos se erguem, dia após dia, sob o peso do suor e do ardor.

Alguns já plantaram bandeiras em cima de colinas brilhantes,

Enquanto outros tropeçam, mas se reerguem, mesmo que ofegantes.

E o que os une, nessa dança de vitórias e cicatrizes,

É que, mesmo feridos, não desistem de suas matizes.

Vejo suas mãos calejadas construindo sonhos de barro e não de vento,

Cada passo é um grito de luta contra o esquecimento.

Há em cada um a chama que vem de longe, de raízes profundas,

De vozes ancestrais, que sussurram em noites moribundas:

"Siga em frente, mesmo que a estrada seja feita de sombras e pó,

Pois o amanhã pertence àqueles que se refazem do nó."

E assim eu os vejo, com orgulho e admiração sincera,

Trilhando o próprio caminho, seja ele tempestade ou primavera.

E torço, de coração, para que, ao fim de cada jornada,

Se encontrem fiéis ao que são, e à essência de suas almas, resguardada.

sr Gruner
Enviado por sr Gruner em 18/09/2024
Código do texto: T8154427
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.