Imortalidade

Alma envolta em sentimento e ternura,

Feito uma santa de um rosto angelical;

Junto com flores sublimes da sepultura,

Em sua dormência, solene e sepulcral...

Nesta lividez de tão cândida alvura,

De frias mãos em mantos sonolentos;

Beleza fenecida de lânguida candura,

Jaz no silêncio de pétreos monumentos...

Contigo esta flor, lacrimosa, tristonha,

Tal como quem serenamente sonha,

Com o gozo celestial, dos anjos, da Paz...

Mas eis que junto ao Cristo marmóreo,

Dentro do recinto plangente, merencório,

Olvidar o nosso amor, esta campa jamais...