Os olhos de Rose

Meus olhos seguiram os teus e neste seguir eu vi;

Os versos que as tuas mãos

Escreveram,

Versos mitigados,

Versos comuns a tua alma que soprou

Ventos frescos nas minhas manhãs de fogo.

Doces são teus anseios aninhados,

Na prateleira das nossas emoções,

O mel no meio e o coração em algum lugar

Entre o sonho da vida, e a vida que lhe é dada,

E de merecida é tida, vida envaidecida,

Que tu tens mais que compadecida,

No entanto, é vida que te propaga

Por versos;

Transeuntes sem casas e moradas!

Versos que se vão para outro lugar

Longe das tuas mãos,

Longe dos teus olhos,

Longe do teu nascedouro!

Teus versos se foram para longe dos meus

Noutras terras, noutros mares, noutras águas...

Certezas são torturas que a vida demanda,

Quando presa no cárcere do corpo a alma

É uma manifesta angustia do pássaro saudoso.

Meu amor, teus versos são duradouras sementes

Germinando nas entranhas da minha alma

E sigo seguindo teus olhos

Teu pulsar cicioso, tua saudade

De ente venturoso e feliz.

Em algum lugar

Tua jornada terminará

E este pássaro sem asas que sou

Aterrado ao chão da esperança ,

Seguirá olhando para os céus

Voando no teu vôo

Percorrendo tuas linhas

Aguardando as asas que me façam voar ao teu encontro.

descansará!

Olimpio de Roseh
Enviado por Olimpio de Roseh em 18/09/2024
Código do texto: T8154202
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