Os olhos de Rose
Meus olhos seguiram os teus e neste seguir eu vi;
Os versos que as tuas mãos
Escreveram,
Versos mitigados,
Versos comuns a tua alma que soprou
Ventos frescos nas minhas manhãs de fogo.
Doces são teus anseios aninhados,
Na prateleira das nossas emoções,
O mel no meio e o coração em algum lugar
Entre o sonho da vida, e a vida que lhe é dada,
E de merecida é tida, vida envaidecida,
Que tu tens mais que compadecida,
No entanto, é vida que te propaga
Por versos;
Transeuntes sem casas e moradas!
Versos que se vão para outro lugar
Longe das tuas mãos,
Longe dos teus olhos,
Longe do teu nascedouro!
Teus versos se foram para longe dos meus
Noutras terras, noutros mares, noutras águas...
Certezas são torturas que a vida demanda,
Quando presa no cárcere do corpo a alma
É uma manifesta angustia do pássaro saudoso.
Meu amor, teus versos são duradouras sementes
Germinando nas entranhas da minha alma
E sigo seguindo teus olhos
Teu pulsar cicioso, tua saudade
De ente venturoso e feliz.
Em algum lugar
Tua jornada terminará
E este pássaro sem asas que sou
Aterrado ao chão da esperança ,
Seguirá olhando para os céus
Voando no teu vôo
Percorrendo tuas linhas
Aguardando as asas que me façam voar ao teu encontro.
descansará!