O Mosquito
Por que, Mosquito, vens perturbar o silêncio,
Neste quarto escuro de boas-noites?
Esvoaçando, aqui e ali, depois pousas
Em minha perna nua para saciar-te.
Brincas com a minha paciência,
Ó monstro minúsculo e chato,
Que quando julgo ter-te acertado
Reapareces imperturbável à esquerda!
Tens a infame capacidade,
Tal um pensamento maldoso,
De me fazer perder o sono.