TIELLY EM SEU “EU”
Não existem tempos pretéritos,
Que faça com que eu não veja o seu ser,
Este que possui um coração liberto e,
Que não oculta a verdade, habitada em você.
Uma doçura que escorre como o mel,
Quando de fato, teu sorriso é inquestionável,
Uma vez que revela o seu “eu completo”,
Desde que naquela tarde, nada fora encoberto.
Conhecer-te ao caminhar ternamente por planícies,
Conclama a calma de seus movimentos e,
Translúcida pelo olhar a sua substância,
Que é o princípio de toda a sabedoria,
A qual Platão diz no “Mundo das Ideias”.
Teu nome é o suspirar da melodia do anjos,
Vindo do alemão e, a solidez da eternidade,
Sendo até mesmo um relicário de enormes catedrais,
Preservadas desde suas antigas criações.
Sim, és, Tielly, não só uma psicóloga,
Mas a “mulher apaixonante” por si mesma,
Que fez com que este poeta desavisado,
Pudesse ter um pedaço de teus traços,
Somente para adoração infinita neste poema.
E como nos comunica Shakespeare,
Em seu Soneto 18, comparando o seu amor:
“Mas teu eterno verão jamais se extingue,
Nem perde o frescor que só tu possuis”.
Portanto, falo-te que em minha vida póstuma,
Os meus versos levar-me-ão a outra morada,
Por que contemplo-te e consagrado-te por necessidade,
Ao mirar-te, e enxergar-te inteiramente entregue ao mar.
Nisso, o que surge são meus votos a ti,
Perpetuando os momentos inesperados,
Quando de súbito, passo a sentir teu rosto imaculado,
Cuja leitura que fazes, vão de encontro com as suas epifanias artísticas,
E delas, transpassa a minha natureza tão desassossegada.
És além do imaginável, e então, deparo-me,
De como uma miragem, presenciar-te como Perséfone,
Envolvendo-me com as riquezas da primavera, descobrindo-te,
Num cálice medieval de vinho, ora, pois, que sois, o florescer dos lírios e girassóis?!
Poema n.3.097/ n.68 de 2024.
DEDICADO A UMA MULHER INESQUECÍVEL