DE ALMA - JÉSSICA
Impecavelmente distante,
Mulher intensa de iluminação,
Que transpassa até os nobres poetas,
Quando suas cordas vocais falam ao coração.
Imprevisível, é do mundo que a faz,
Ser a médium de alma tão transbordante,
No qual é por condução, a liberdade e,
Também, em sua prática doce e terapêutica.
Esta que acessa a essência pura humana,
E nisso, peço que reconecte-me com o sentir!
Sois o encantamento hebraico do teu próprio nome,
Sendo o significado de observadora, aquela que vê.
Ah, Jéssica! Esse seu olhar deslumbrante,
Incrivelmente simbólico e ao mesmo tempo,
Desprendido de tudo o que não é material,
Pela escrita que faço-te eterna neste meu “canto de verso”,
Para que venhas ser a memória dos verbetes que conheço.
És a criação única, Shakespeariana,
Na peça teatral que ele escrevera:
O “Mercador de Veneza”, então,
Já convenço-me de que sois a musa.
Cavalga em meus devaneios,
Mostrando o teu sorriso interminável.
Como nasces como o sol atrás das montanhas,
E como chuva, encharcas as rosas de um campo.
Não sei se és os segredos de amar?
Contudo, carregas a mística em teu ser.
Avisando-me que é hora de vir a conhecer-te,
Mas, somente por sua graça e sintonia,
Apenas, seguir-te em culto venerável.
E na aquiescência, os meus momentos tangíveis,
Anseio em construir contigo a ponte da cidade,
Na intenção de que fique, e não vá para longe,
Uma vez que chegastes esfíngica a mim.
Que sua ode romântica leve-te ao horizonte,
Completando a verdade a qual te consagras,
Porque são os teus contornos a transcender-me,
Ao inimaginável mito que eu mesmo me fiz.
Poema n.3.099/ n.70 de 2024.