CONSTANTINOPLA ( Eterna mãe de Pedras e Luz)
Em teus muros erguidos contra o tempo,
Constantinopla, guardiã dos segredos antigos,
Vejo o ecoar de passos perdidos,
Por ruelas que sussurram histórias ao vento.
Teu nome, gravado em ouro e mármore,
Resplandece como farol entre os mundos,
Onde o Oriente e o Ocidente se abraçam,
Em um enlace de culturas, saberes profundos.
Ruelas tortuosas, onde o tempo se curva,
Levam aos portões do sonho e da glória,
Por entre arcos de triunfo e sombras de cúpulas,
Caminho sobre pedras que carregam memórias.
Hagia Sophia, catedral dos céus,
Tuas cúpulas tocam o infinito,
Onde fé e arte se encontram em prece,
Refletindo o brilho eterno do espírito.
O Grande Bazar, labirinto de cores,
Mercadores entoam canções de mil vozes,
Em suas mãos, tesouros do mundo,
E em cada esquina, a vida pulsa, dança e floresce.
Nas torres de Gálata, sentinelas da história,
Olho para o mar que abraça teus limites,
Constantinopla, rainha das rotas,
Onde navios e sonhos se cruzam, infinitos.
Oh, cidade dos imperadores e dos poetas,
Teu espírito é forjado em ferro e seda,
E mesmo quando o mundo treme à tua porta,
Tu ressurges, gloriosa, renovada em tua lenda.
Teus monumentos são hinos ao tempo,
Catedrais de pedra e silêncio,
E em cada canto, uma história esquecida,
Esperando o toque suave da lembrança.
Constantinopla, mãe de todos os impérios,
Em teus braços, culturas se misturam,
E em tuas ruas, o passado e o futuro,
Se encontram, se perdem, e de novo se encontram.