CONSTANTINOPLA ( Eterna mãe de Pedras e Luz)

Em teus muros erguidos contra o tempo,

Constantinopla, guardiã dos segredos antigos,

Vejo o ecoar de passos perdidos,

Por ruelas que sussurram histórias ao vento.

 

Teu nome, gravado em ouro e mármore,

Resplandece como farol entre os mundos,

Onde o Oriente e o Ocidente se abraçam,

Em um enlace de culturas, saberes profundos.

 

Ruelas tortuosas, onde o tempo se curva,

Levam aos portões do sonho e da glória,

Por entre arcos de triunfo e sombras de cúpulas,

Caminho sobre pedras que carregam memórias.

 

Hagia Sophia, catedral dos céus,

Tuas cúpulas tocam o infinito,

Onde fé e arte se encontram em prece,

Refletindo o brilho eterno do espírito.

 

O Grande Bazar, labirinto de cores,

Mercadores entoam canções de mil vozes,

Em suas mãos, tesouros do mundo,

E em cada esquina, a vida pulsa, dança e floresce.

 

Nas torres de Gálata, sentinelas da história,

Olho para o mar que abraça teus limites,

Constantinopla, rainha das rotas,

Onde navios e sonhos se cruzam, infinitos.

 

Oh, cidade dos imperadores e dos poetas,

Teu espírito é forjado em ferro e seda,

E mesmo quando o mundo treme à tua porta,

Tu ressurges, gloriosa, renovada em tua lenda.

 

Teus monumentos são hinos ao tempo,

Catedrais de pedra e silêncio,

E em cada canto, uma história esquecida,

Esperando o toque suave da lembrança.

 

Constantinopla, mãe de todos os impérios,

Em teus braços, culturas se misturam,

E em tuas ruas, o passado e o futuro,

Se encontram, se perdem, e de novo se encontram.

 

 

Poeticus Eternus
Enviado por Poeticus Eternus em 01/09/2024
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