CAMILA, “FILHAS DA ITÁLIA”

Surgente como as “filhas da Itália,

Guerreira, desbravando imensidões de lugares,

Destemida em seu dia a dia,

Luminescência de uma longa estrada.

Gota de orvalho das poesias,

Quando recitas com a sua melodia,

Na eloquência de sua mais profunda sabedoria,

Sendo-te, amante das leituras, músicas e corridas.

A substância do cerne, dos mais intensos vinhos,

O Chianti da esplendorosa e transfigurante Toscana,

Trazendo em si, a doçura incontestável de mulher,

A qual, um poeta já fora capaz de descrever.

Um desvendar longe de alcance,

A aliada das amazona, sendo citada por Virgílio,

Na Eneida, e sua épica saga de um Troiano,

Salvo pelos gregos em Tróia, e sua luta pela ancestralidade.

Inebriantemente sois a versão acima de todas as óperas,

Que já foram, de certa forma, cantadas e interpretadas!

A princesa de revelações secretas, e que escondem-se,

Num sorriso, a qual não se pode negar, nem ao menos,

Deixar de admirar por completo, uma vez que já denotou,

Os vestígios de seu próprio destino, vindo a deleitar-me.

CAMILA, conhecer-te, encheu-me o cálice,

Que de tão vazia de egérias, vinha, desde então,

A perambular pelo deserto, a procura inexplicável,

Da “veritas et cor mysterii”, a qual se perdera.

E assim, em ti, vi a face não oculta,

Do tangível “mergulhar nas águas do tempo”,

E absorver as nuances que existem, mas que,

Fazem com que tudo pareça tão indubitável.

Será que escreverias odes, para meu deslumbre,

Sem importar-se com as métricas, somente,

Tendo ao seu bel prazer, a sutileza de teus dedos,

Movendo-se suavemente pelos traços seus?!

Oh, que glória seria se isso fosse possível,

Como as eternas madeixas, caindo sobre o papel,

Enquanto seus olhos fixos nos verbetes, vão,

Tecendo a magnífica expressão de si mesma!

Poema n.3.095/ n.66 de 2024.

DEDICADO A CAMILA

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