Minha mãe
Quantas tristezas povoam
O coração de minha mãe
E eu, incompetente,
Posso dar-lhe somente
Uma pequeníssima alegria
Quantas lutas travadas
E o destino contra
Tantos trabalhos
E nada recompensado
Amou sempre a todos
Sem retribuições
Grande mulher para as pessoas
Grande mulher para Deus
Neste momento quero ser rico
A riqueza serviria
Para abrigar minha mãe
Em uma vida melhor
Arrancá-la do sofrimento
Que males dos outros impõem
O mundo é cruel
Com quem ama
Minha lágrima
Não apagará
O sofrimento
Que eu também causei
A uma santa
Se Deus recompensa os injustiçados
A adorável mulher é bendita.
Rodison Roberto Santos,
São Paulo, 1997