A DERRADEIRA VONTADE
«À memória de Ferreira de Castro»
“Desejaria ficar sepultado à beira
duma dessas poéticas veredas
que dão acesso ao Castelo dos Mouros,
sob as árvores românticas que ali residem
e tantas vezes contemplei
com esta ideia no meu espírito.
Fica perto dos homens, meus irmãos,
e mais próximo da Lua e das estrelas, minhas amigas,
tendo em frente a terra verde
e o mar a perder de vista
- o mar e a terra que tanto amei”.
Ferreira de Castro
Foi pensando na Eternidade
Que o nosso emigrante poeta
Traçou a derradeira Vontade
Após sua Viagem Completa.
Veni, vidi, vici foi este o grito
Que lhe fez ver o mundo – a Selva –
Naquele belo ponto restrito:
Alea jacta est – entre o céu e a relva…
A derradeira Vontade, qual sorte
Reveladora do original sonho,
Veio ao seu encontro neste recorte
Tornando a Selva «mundo risonho!
Frassino Machado
In INSTÂNCIAS DE MIM