Vestida de poesia

Para a querida Elenice Bastos

Sabes, eu te leio,

Mas com receio!

Não sei o que (d)escrever

Pois que dizes o que sinto

Meu plágio-pensar sucumbe

E meus olhos, aprisionados

Acedem ante teu versejar

Como podes me "roubar"

Palavras, sentires, emoções?

(nem os expresso em grafite!)

Mas tu, Mulher, bem o sabes

- e sabes como ninguém -

Contigo, as letras transitam

Caminham por onde queres,

Vestidas da mais pura poesia

(e o sentir, delas re-vestido)

Não mero escrito metafórico,

Mas em versos tão fluentes,

Que até aos mais descrentes,

Uma provável contradição:

Poeta, quando bem escreve

Traz empatia à tal dureza

Na certeza de que a vida

É carente de emoção, e

A tua escrita, eu já te disse,

(um baita'tributo de Elenice)

Desconcerta-me o coração.

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 18/07/2024
Reeditado em 18/07/2024
Código do texto: T8109425
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