BEATRIZ: A PRINCESA MÍSTICA

Se eu porventura, esquecer-me de oferecer-te,

Meus incondicionais versos, que mereces,

Ou até mesmo, os meus “votos” em elogios,

Por obséquio, atreva-te, vir-me a recordar.

Pois, todo mistério há uma razão,

E sois ela por completo, e profundo, que,

Sinto-me inteiramente entregue a ti,

Sem quaisquer palavras ditas em vão.

Um desafio intrigante, é tentar desbravar-te,

Contudo, é mais prudente que não seja,

Já que, contigo, o resto do mundo fica,

Sem estar em sua máxima evidência,

E no silêncio rompante, torna-se clarividente,

Que o seu esplendor é como um néctar das rosas,

De que aprecias, de maneira tão docemente.

Ah, sois um anjo à minha porta!

Uma “princesa mística” dos contos de fadas,

Que desperta este ser, deveras adormecido,

Por seres assim, de insondável beleza,

Ternura, candura, e a mais perfeita das mortais.

A sublimidade das sereias, nadando em alto mar!

Onde penetras os meus olhos, profundamente,

Sendo-te a musa exclusiva de todas as cantigas,

Dos estrofes e rimas, a mulher de qualidade integra.

Queria saber… como sua substância transborda,

Minha taça, encharcando-me a alma?

Sois o significado das linhas indomadas,

De um poeta a viver expressamente,

A pureza da admiração que manifestas.

Seus cabelos loiros, conclamam pela sonoridade,

Dos sinos de Notre Dame, enquanto teus lábios,

Pronunciam tamanha vivacidade, que asseguram,

O quão imensurável é a intensidade de sua sapiência.

Assim, tua pele, vem a ser o total regressar,

Daquele que indubitavelmente, a corteja,

Querendo, corresponder-te por missiva,

A mão, como em outras épocas antigas,

Para ver-te nelas, o brilho cintilante de teu rosto,

No qual, levar-me-ia aos teus braços. As asas tuas, oh, andorinha!

Poema n.3.086/ n.57 de 2024.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 06/07/2024
Código do texto: T8101383
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