BEATRIZ: A PRINCESA MÍSTICA
Se eu porventura, esquecer-me de oferecer-te,
Meus incondicionais versos, que mereces,
Ou até mesmo, os meus “votos” em elogios,
Por obséquio, atreva-te, vir-me a recordar.
Pois, todo mistério há uma razão,
E sois ela por completo, e profundo, que,
Sinto-me inteiramente entregue a ti,
Sem quaisquer palavras ditas em vão.
Um desafio intrigante, é tentar desbravar-te,
Contudo, é mais prudente que não seja,
Já que, contigo, o resto do mundo fica,
Sem estar em sua máxima evidência,
E no silêncio rompante, torna-se clarividente,
Que o seu esplendor é como um néctar das rosas,
De que aprecias, de maneira tão docemente.
Ah, sois um anjo à minha porta!
Uma “princesa mística” dos contos de fadas,
Que desperta este ser, deveras adormecido,
Por seres assim, de insondável beleza,
Ternura, candura, e a mais perfeita das mortais.
A sublimidade das sereias, nadando em alto mar!
Onde penetras os meus olhos, profundamente,
Sendo-te a musa exclusiva de todas as cantigas,
Dos estrofes e rimas, a mulher de qualidade integra.
Queria saber… como sua substância transborda,
Minha taça, encharcando-me a alma?
Sois o significado das linhas indomadas,
De um poeta a viver expressamente,
A pureza da admiração que manifestas.
Seus cabelos loiros, conclamam pela sonoridade,
Dos sinos de Notre Dame, enquanto teus lábios,
Pronunciam tamanha vivacidade, que asseguram,
O quão imensurável é a intensidade de sua sapiência.
Assim, tua pele, vem a ser o total regressar,
Daquele que indubitavelmente, a corteja,
Querendo, corresponder-te por missiva,
A mão, como em outras épocas antigas,
Para ver-te nelas, o brilho cintilante de teu rosto,
No qual, levar-me-ia aos teus braços. As asas tuas, oh, andorinha!
Poema n.3.086/ n.57 de 2024.