A Manoel de Barros

Caminho de formiga

Se desfaz com o passar do tempo

Quando a cigarra canta

o mundo entristece

o rio leva a saudade

dentro do coração

no mar folhas molhadas

descobrem os frutos selvagens

Se soubesse do pranto

Das estrelas

dormiria em copa de árvores

E passarinhos não cantariam

tão bonito

Vai girino, vai nas águas

buscar frieza pro deserto

porque o vento descobriu

que chorou demais

e agora canta e assovia

O céu é cobertor,

quando do azul

pega outros tons

é que o tempo

trouxe outro tecido

Rodison Roberto Santos

São Paulo, 30 de Julho de 1997

Rodison Roberto Santos
Enviado por Rodison Roberto Santos em 11/06/2024
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