PORJEÇÃO DE MIM

A projeção de mim

Só foi dentro de reflexos

Que o simples João José

Tivera anos atrás

E assim me fez

E assim não faz

A projeção de mim

Deu-se com um casal,

Meus melhores amigos:

João meu pai;

Olga minha mãe,

Agora não me projeto

A nenhum lugar

Além dos corações de ambos.

Minha mãe!

Construtora de mim.

Minha mãe!

Um exemplo que sigo até minha morte,

Pois de Minas, ela era do Norte,

Assim como sou também

E por tudo isto,

Aprendi a lutar

E não me entrego fácil

A qualquer obstáculo

Que queria me atrapalhar.

Meu, pai, João José Pereira,

Pouco soube de ti,

Pois fiquei órfão com apenas seis anos

E tive, juntamente com minha mãe

E mais cinco irmãos,

Que lutar arduamente

Para sobrevivermos em tempos difíceis;

Tempos de ditadura militar

Em que a ação do Estado,

Em quase nada ajudava

A quem era pobre

E quase nada tinha para se alimentar.

Minha mãe, uma guerreira,

Lutou desesperadamente para nos sustentar

E viemos para Mato Grosso

Em busca de um lugar

Que nos apontasse uma luz

Capaz de nos iluminar.

O tio Sinhozinho,

Irmão de minha mãe,

Nos ajudou muito quando por aqui chegamos.

Ele foi o pai que não tive

E a mão na roda que girou

E nos fez crescer como cidadãos

Dignos de viver em sociedade.

Tio sinhozinho sempre honesto

Trabalhou sempre de sol a sol

Nos ensinou que a humildade

Nos traria a felicidade

Sem querer pisar e ninguém

Para ser alguém na vida.

Poema que continuarei depois!

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 08/06/2024
Código do texto: T8081010
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