A BOLA E O XADREZ (TEXTO EM PROSA E POESIA)
Ah, José Reinaldo de Lima: gênio dos gramados do mundo. Encantou milhões de torcedores com sua arte de fazer lindos gols espargindo este sucesso pelo mundo afora.
Diversas pinturas de gols, eternizadas na mente de quem viveu o futebol nas décadas de 70 e 80. Sempre é bom lembrar que o grande Reinaldo foi e ainda é o maior artilheiro dos confrontos Atlético versus Cruzeiro, com quinze gols.
O maior artilheiro do estádio “Mineirão”, desde sua inauguração em cinco de setembro de 1965, do Campeonato Brasileiro em todos os tempos, por média de gols: 1,57 gols por partida, com vinte oito gols em dezoito jogos, especificamente no ano de 1977,e, também, o maior goleador do Clube Atlético Mineiro até hoje, com 255 gols.
Eu, Roberto Molina, em especial, tenho uma ligação muito íntima na história desse fenômeno. Meu pai Antônio Capel Molina, avô do Mestre Internacional de Xadrez Roberto Júnio Brito Molina, era quem cuidava dos pés do menino “Rei”, por mais de dez anos, desde a chegada de Reinaldo ao Galo, em princípio da década de 70 até 1982.
Reinaldo, um dos maiores gênios da história do futebol mundial, também é apaixonado por outro esporte, ciência e arte, denominado: xadrez.
Em nove de junho de 2024, Reinaldo realizará um dos seus grandes sonhos: jogar uma partida de xadrez com Henrique Costa Mecking, o Grande Mestre Mequinho do xadrez, atualmente com setenta e dois anos, jogando ainda o fino do xadrez.
Mequinho é considerado o maior jogador de xadrez brasileiro de todos os tempos. Seu auge como enxadrista teve início na década de 70, chegando a ser o terceiro maior jogador do mundo.
Mequinho e Reinaldo têm algumas coisas em comum: Mequinho conduz as suas peças com sincronia, faz os seus cavalos bailarem no tabuleiro até o arremate final, se assemelhando um pouco com Reinaldo, que também conduzia a bola com maestria, talento e arte por entre uma defesa e outra até tocar nas redes do gol.
Esse evento tão sonhado e aguardado por muitos acontecerá no dia nove de junho próximo, às 9h. E, logo depois desta partida, haverá uma simultânea de Mequinho jogando contra dez adversários.
Coincidência ou não, o horário de nove horas no dia nove, mesmo número da camisa do Rei, que marcou história mundial do futebol como um dos maiores centroavantes, sendo ainda o mais talentoso e genial dos jogadores.
Ademais, neste mesmo dia, acontecerá o torneio de xadrez da Esplanada da Arena MRV, com cem pessoas.
Peço licença a esses dois “monstros” do esporte mundial, para escrever aqui escrever algumas simples palavras, em forma de poema
O XADREZ É A BOLA DA VEZ
Ah, Mequinho
És como um bom vinho
Mostre-me o caminho
Ou diga-me baixinho
Qual a magia e a arte do seu xadrez
E, quem sabe talvez,
Possa me ensinar uma vez.
Ah, Reinaldo
Vi depois de um abraço
Que tens tatuado
Um rei do xadrez em seu braço.
Pois bem, um convite lhe faço:
Jogue xadrez comigo
Porque na bola eu te sigo
E, se perder, não ligo
Só quero jogar contigo.
De um lado Reinaldo,
Do outro Mequinho,
Desejo me divertir assistindo,
Com uma taça do mais fino vinho,
A partida entre Reinaldo e Mequinho.
Reinaldo e Mequinho
Encontro de “reis”
Cada um no seu labor.
Um espetáculo à parte
Seja no xadrez ou no futebol arte.
No piscar do goleiro,
Um chapéu no zagueiro
E bola no barbante
Desse nosso centroavante.
Um dos mais lindos gols
Da camisa amarela
Foi coisa de cinema
Isto sim é um poema.