DEDICATÓRIA AO MEU FALECIDO PAI
Pai,
Em cada linha desta poesia, “As Vozes do Sábio Interior”, sinto a sua presença. Como um farol que guia os navios perdidos na imensidão do oceano, sua voz me orienta através das tempestades da vida. “A semente só brota quando a terra a comprime,” você costumava dizer, e é verdade. No aperto dos desafios, encontrei a força para crescer e brilhar.
Seus conselhos, “Deixe que a esperança, não a dor, molda o destino que te aguarda,” são como o eco de uma sabedoria antiga, que ressoa no silêncio dos meus dias mais sombrios. Eles me lembram que, mesmo na tristeza, há espaço para a transformação e a luz.
“Voe, espírito livre,” você me incentivava, e agora, ao voar, percebo que cada sussurro seu era uma lição de liberdade e descoberta. Nas alturas da minha vida, busco as respostas que você já conhecia, e encontro conforto nos ventos que carregam sua voz.
Mesmo quando o caos tenta me envolver, lembro-me de sua paciência, “No tempo certo, com a paciência do sol nascente.” A resposta sempre vem, e com ela, a paz de saber que você me ensinou a esperar pelo amanhecer.
Na claridade ou na escuridão, sua luz interior ainda me guia. Ela brilha, prometendo um novo dia, e eu permito que ela me conduza, assim como permito que sua voz me desperte a cada novo amanhecer.
Sua voz, pai, é o acalanto que não conhece tristezas, e mesmo na saudade, ela me traz um sorriso. Permito-me ouvi-lo, e em cada palavra de sabedoria, sinto o abraço que o tempo não pode apagar.
Com amor e saudade, Sezar Kosta