Maria

Na beira da estrada de chão batido,

Ergue-se uma casinha encantada,

De madeira simples, encanto esculpido

Morava a guria, alma iluminada.

Inocência e franqueza, suas qualidades,

Em seu olhar, perdi-me em contemplação.

Pensando, não nego, em mil possibilidades,

Frente à pureza, rendi-me à emoção.

Todo o processo foi um encantamento,

Ela, com seu frescor, humanizava a fera

Mas a dureza do lobo, no entanto

Sempre lhe deixava a sensação de espera

O romance foi um sonho etéreo,

Ela o fazia perder-se no seu amplexo

Mas o chamado do mundo é sério

Ilusões que moldavam seu reflexo

Assim, segue o ser no mundo

Buscando objetivos não sabidos

Se dobrando a vento infecundo

Mas valorizando tempos vividos