E hoje, visito a esquina da Rua João de Oliveira,
Com a Av. 19 De Dezembro.
Estou na residência de Venâncio,
Meu saudoso tio de voz grossa e mansa.
O homem era pancoso,
Cabelinho sempre penteado,
E, no seu comércio,
O borrador do fiado.
E a Tia Raimunda, sua companheira,
De muitos anos, de amor e luta.
Lembro das suas viagens
Ao Paranã dos Araras,
Suas idas e vindas ao Laguinho.
E o “Deus Tá Vendo”,
Nome do seu querido barquinho.
E no modo de falar, tinha a expressão:
“Com sabe?”
Ah, meu Tio! É uma pena que tudo se acabe!
Nesta linda manhã de março,
Lembro de você com todo carinho
E a sua numerosa prole, seus filhos.
Jamais se esquecem deste Grande Sujeito,
Guardam-te de maneira especial .
Todos tem por você gratidão, amor e respeito.
Emocionado, escrevo essas letras.
Dedico-as a você e aos meus primos,
Com muito orgulho e afeto:
"Dez Quilo", Cabôco, Natã, Medeia, Neumo, Maia, "Deferro" e Zé cleto.
Agradeço a Deus pelo dom da literatura, esta inexplicável magia.
Tio Vinoca, estás agora eternizado nesta aripuanense poesia.
Nota: Ao meu querido Tio Venâncio das Chagas Ribeiro ( in memoriam).
_Fábio Ribeiro
Manaus, 22 de Março de 2024.