Erato
Libertina no dispor da calmaria
Faz do fogo da quimera inspiração
Coroando a fina prosa da harmonia
Na tua cama quem te ama faz canção
És amante da beleza vaidosa
Reluzente no solstício de verão
És a musa genuína e formosa
Imponente sob a dança do trovão
O teu toque é a febre que delira
No deitar santificado dos amantes
És o vento em que a palavra se atira
Na cidade secular dos navegantes
Tu que guardas o paraíso no olhar
Sob o brilho da virtude que admira
Faz da graça aventura de durar
Nos acordes solitários da tua lira