Passagem
Passagens
Na sua tez morena
Vejo séculos
Seus olhos, sem bilho
Refletem
As águas
E lágrimas
Longe, longe
São orvalho
De flor vicejante
Começando a morrer
Nos húmus
Da floresta
O cheiro
Se mistura
Aos pensamentos
Insetos
Atestam
A vida sem razão
Rodison Roberto Santos
São Paulo, 26 de setembro de 1997