AH, O AMOR!
O amor pode ser compreendido,
Traduzido, definido... de várias formas.
E, sendo amor, em nenhuma delas
Encontra-se nada de incorreto.
Eu vejo o amor no beija-flor beijando a flor.
Na perfeição do sol ao se por...
No avô, que passeia na praça, com o Neto.
O amor pode até ser incompreendido,
Ilimitado, indefinido... em suas normas.
Mas, sendo amor puro e verdadeiro,
Tudo é válido e lindo... e está correto.
Eu vejo o amor no cãozinho a brincar.
Nas senhoras que passam a caminhar...
E no avô, de mãos dadas, na praça, com o neto.
O amor deve ser multiplicado,
Divido, somado... Porém, nunca subtraído.
E, se este amor é mesmo real,
Por si só, já é lei. E torna-se um decreto.
Eu vejo o amor nos passos calmos dos dois.
Na pureza da voz e nos sons...
E na alegria do avô, ao admirar, o andar do neto.
O amor precisa e tem que ser plantado,
Regado, cuidado... dia após dia!
Pois, só o amor, tudo suporta, tudo crê...
E, ainda sendo abstrato, torna-se concreto.
Eu vejo o amor lá no fundo – na retina.
Na felicidade que há nessa rotina...
E na minha gratidão ao amoroso avô – e ao neto.