CAPUAVA
Há cem anos será que alguém se encostava nesta coluna
Para esperar a Maria Fumaça inglesa?
Era tudo mato com abrigos no roçado
Mas tinha ao menos um banco com certeza
Naquele tempo não existia o viaduto
O Sol se incumbia de levantar a porteira
O que atravessava eram carroças e gado
As crianças se penduravam de brincadeira
Na cabina que existia ali no fundo
Seu Antonio observava o movimento
Já não era mais como posto telegráfico
Que a estação recebia reconhecimento
Os trens já não soltam fumaça
São fios elétricos que os fazem correr
Os passageiros continuam como antes
Na plataforma tentando sobreviver