For Dee
Não tive tempo pra pensar
As coisas acontecem rápido
Não consegui acreditar
No que era falso e o que era fato
Nem tive como reagir
E nem passou pela cabeça
As ondas seguem indo e vindo
E mais uma vez o mar levou
Levou mais uma conhecida
E que fez parte da minha vida
E eu mal sabia, eu nunca sei
Como escrever ou só dizer
Poucas palavras nunca bastam
Então mergulho nesse oceano
E tendo achar, tento lembrar
Tudo aquilo que você fez
E que me trouxe e eu aprendi
O empurrão cósmico rumo ao teu caminho
E agora que se foi, eu sigo em inércia
Não há nada para frente ou para os lados
Então repito aquelas palavras
O inglês quebrado, as gírias tortas
Aa poucas formas que me trouxe
E nunca mais eu fui o mesmo
E quieto eu era, e quieto eu sigo
E levo comigo um pedaço de ti
O vendaval se aproxima, arranca todas as portas
E eu faço minha estréia
Não na mais alegre circunstância, mas na mais certeira para um poeta
As emoções caem dos olhos em palavras
E pelo chão, em poças de frases
A chuva e o choro se misturam
As letras soltas e ruídos
Inglês e português se misturam
Afinal, você entenderia tudo
E onde quer que esteja
Sei que estará sorrindo
Como sei, não sei explicar
Mas sei que sei e isso já basta
E todas essas palavras eu escrevi
Pra nunca me esquecer de você, pois sei que nunca se esqueceu de mim
E tudo agora muda, e todo mundo para e admira
Até que esqueçam
As flores que crescem e aos poucos vão sumindo no jardim
Mas eu não me esqueço...
Palavras ajeitadas como música
Pois escrevi só pra ti
E ao final da carta, um só destinatário:
For Dee
*Poesia inteiramente dedicada a Denise Oliveira Gabriel*