Destino
Desembrulho-te lentamente, degustando cada segundo. Descobrindo dedo a dedo, cada segredo escondido por detrás do teu olhar.
Esse olhar de mar.
Imenso, ora calmo, ora irado, abraçando mil mistérios, que almejo conhecer.
Demoro na tua boca.
Nessa boca sedenta da minha. Nos teus beijos salgados. Nesses momentos loucos e demorados que não falam mas muito dizem.
Não me apresso. Não programo. Deixo o destino acontecer.
Depois de desembrulhado , entre os teus braços fortes, enlaço-me num abraço que não tem hora para terminar.
E de novo deixo o tempo passar.
O destino acontecer. Porque o momento, por tanto tempo desejado, com tanta vontade, esperado, tem de ser sentido, saboreado, adoçado com todo o mel que queremos oferecer um ao outro.
És o meu presente de Natal. Aquele que aínda não sei se vou receber...