O Mestre Aleijadinho
No raiar da aurora, ergue-se um mestre divino,
Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho,
Sua arte em pedra, um legado sem par,
No barroco mineiro, eternamente a brilhar.
Congonhas o recebeu com honras e fervor,
E ali se firmou como escultor de valor,
Nas montanhas de Minas, seu talento aflorou,
Os Profetas imortais em suas mãos ele revelou.
Em cada canto da Basílica, sua marca se faz sentir,
A beleza e a grandiosidade a nos seduzir,
Seus dedos calejados moldaram a devoção,
Com expressões marcantes e expressivas em oração.
Em cada Passo da Paixão, um drama a se contar,
O sofrimento de Cristo, a nos emocionar,
O corte do cinzel, como um suspiro profundo,
Criando imagens vivas que tocam fundo.
Aleijadinho, artista de genialidade eficiente,
Sua obra transcende a dor, vai além do aparente,
Sua luta contra a doença e a adversidade,
Em cada obra se transformou em eternidade.
O Barroco Mineiro, tesouro nacional,
Pelas mãos de Aleijadinho, ganha vida e imortal,
Uma sinfonia de formas e detalhes esculpidos,
Em pedra-sabão, revelando talento e abrigos.
Hoje, reverenciamos esse ícone da escultura,
Cujo legado permanece, transborda e perdura,
Aleijadinho, alma brilhante de Minas Gerais,
Sua arte nos inspira, eterna chama a incendiar.
Que sua história seja sempre lembrada,
Seu nome ecoando em cada caminhada,
Honrando a riqueza cultural de nossa nação,
E celebrando a genialidade e a devoção.
>>> Poema de meu livro "Terras de Minas"