THAY: RESSURGENTE CAMPONESA
Enxergar-te andando pelos campos,
É entender que transcendes os sentidos,
Mudando direções dos quais é preciso,
Numa maneira ininterrupta de enfeitiçar.
Lá se vão tantos verbetes,
Sinônimos que tenho em mente,
E nada é capaz de fazer-me,
De antemão, a ti, com exatidão, verbalizar.
De onde vem tua paz interior?
Os escritos de seus olhos tão contemplativos?
Do qual ao arar a terra, se preserva e,
Manifesta-se com seu impressionismo.
Que consiste em deixar desabrochar sentimentos,
Dando relevância às suas doces emoções,
A memória artística com que tens marcado-me,
E a busca por tempo, com que vens a consagra-lo.
Thay, nada é improvável nesta existência,
Que não se possa ser o que desejas!
Assim, ressurgindo-te como uma camponesa,
Entorpecendo-me diante da formosura da lua.
Então, eis que enviasse a mim,
A mais intensa das mensagens,
Que somente uma mensageira poderia declarar,
Ao pôr em seus cabelos, simbolicamente,
A rosa branca, inteireza da inocência.
A eterna dança que nunca se acaba,
A linha tênue que quero seguir,
Mesmo somente por certos momentos,
Quando assim, você, enfim, me assentir.
Poema n.3.002/ n.71 de 2023.