THAY: RESSURGENTE CAMPONESA

Enxergar-te andando pelos campos,

É entender que transcendes os sentidos,

Mudando direções dos quais é preciso,

Numa maneira ininterrupta de enfeitiçar.

Lá se vão tantos verbetes,

Sinônimos que tenho em mente,

E nada é capaz de fazer-me,

De antemão, a ti, com exatidão, verbalizar.

De onde vem tua paz interior?

Os escritos de seus olhos tão contemplativos?

Do qual ao arar a terra, se preserva e,

Manifesta-se com seu impressionismo.

Que consiste em deixar desabrochar sentimentos,

Dando relevância às suas doces emoções,

A memória artística com que tens marcado-me,

E a busca por tempo, com que vens a consagra-lo.

Thay, nada é improvável nesta existência,

Que não se possa ser o que desejas!

Assim, ressurgindo-te como uma camponesa,

Entorpecendo-me diante da formosura da lua.

Então, eis que enviasse a mim,

A mais intensa das mensagens,

Que somente uma mensageira poderia declarar,

Ao pôr em seus cabelos, simbolicamente,

A rosa branca, inteireza da inocência.

A eterna dança que nunca se acaba,

A linha tênue que quero seguir,

Mesmo somente por certos momentos,

Quando assim, você, enfim, me assentir.

Poema n.3.002/ n.71 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 08/12/2023
Código do texto: T7949847
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