THAY: JARDIM DO OCEANO

Veja bem! Ó egípcia de outrora!

Como compreender de imediato,

A lua refletindo-te no mar e,

Exalando constantemente o cheiro de rosas?

Sejas a resiliência que sei que podes ser,

A maneira tão eficaz que faz-me entorpecer,

Numa constância tão plena quanto as madrugadas,

Quando passo a envolver-me num livro,

E num profundo degustar do sabor do vinho.

És um jardim do oceano!

Tendo a visão comandado pelo coração,

Desnudando-se de todo seu âmago,

Para vir a desconcertar o meu ser.

Conheces muito mais do que conheço!

E na sua enigmática raridade,

Preservas o que guardas em ti,

Só deixando-me com vestígios seus,

De variadas sensações impressas.

Se chover torrencialmente,

Esgueirar-me-eia dela se pudesse,

Mas como não quero em absoluto,

É porque sei que as gotas que caem,

São agora, definitivamente, você.

Thay, não és nenhum papel rabiscado,

Cujo diário tenho, às vezes, ortografado!

Mas um vagalume a trazer um sinal,

A de iluminação espiritual, a renovação,

Que conecta-me claramente ao divino.

Inestimável é o seu rosto!

Dialogando com o meu íntimo,

Diante de todos os intempéries meus,

Dando-me como presente, aquilo que intriga-me:

O FASCÍNIO DO ENCOBERTO QUE TANTO TENS!

Poema n.3.014/ n.83 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 24/11/2023
Código do texto: T7939454
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.