THAY: ASAS LIGEIRAS
Quando abrires os olhos,
Ao despertares pela manhã,
Verás um coração ingênuo,
A esperar por mais um dia.
E escreverei que,
Voltarás para o oceano,
Onde estarás com tantas estrelas do mar,
Definitivamente, sem contar o tempo, nadando.
E talvez, de fato, possas aceitar,
Que eu enxugue tais lágrimas tuas,
Enquanto banhas-te as com florais,
Onde também passas a perfumar-te com jasmim.
Somos partes de um pela sintonia,
Dos lampejos dos quais consome meu poema,
Predizendo instantaneamente, o quanto é mágico,
Regressar intensamente ao estágio inspirado.
Como aprendes comigo,
Se sou eu que descubro o significado,
De toda a sua expressão e verdade,
Do desconhecido das memoráveis palavras?
Sois sim, o orvalho da noite, Thay!
E nenhuma pedra combina mais contigo,
Do que todas as imagináveis, e até as inimagináveis,
Sendo elas as que ornamentam, tuas asas ligeiras.
Sempre estarás nas minhas anotações,
Que de certa maneira, serão levadas,
Para um lugar tão secreto quanto impenetrável,
Pelo bico de dois eminentes pássaros.
E então, eis que sairás das águas,
E num instante, não te importados de sujares os pés,
Nas areias que cercam a praia italiana de Sansone,
Na exuberante e inexplicável Ilha de Elba.
Poema n.3.013/ n.82 de 2023.