THAY: O REPOUSO

O céu é testemunha,

O quanto sois a realidade do paraíso,

A brisa que aparece pela manhã,

E o frescor surreal do hortelã.

Enquanto desnudo-me ao encontrar,

Em você, todas as formas de poder resgatar,

O jeito certo de sintonizar a estação que percebo,

Querer fazer parte de uma história, a qual és o mistério.

Vi em ti, muito mas que alguém poderia ver,

A princesa dos meus poemas narrativos,

O cristal mais transparente que há,

Ou até mesmo, se possível tocar.

Thay, contemplada com admiração,

A literatura nobre que já tive o prazer de ler,

Como as obras épicas de Homero,

E os sublimes filmes e séries, dos quais assistir.

Isso tudo, vindo a ser nos meus romances policiais,

A personagem que em sua própria inteireza,

Deslumbrar-me-á a minha escrita erudita,

Um anseio totalmente imortal.

É impossível não imaginar,

Que as gôndolas de Veneza,

Manifeste-se iguais a sua fascinante brandura,

Ao navegar em torno da cidade aquática.

Teu sobrenome italiano,

Originário de Perugia, na região de Umbria,

Perto do rio Tibre, e capital da província,

Transborda minha alma de luminescência,

Quando acalma-a por sua insondável natureza,

Ajudando-me a lutar contra meu ego,

No repouso que tanto me dás,

Para este coração que carrego e, não descansa,

Dando-me um pouco de si.

Poema n.3.012/ n.81 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 21/11/2023
Código do texto: T7937232
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