THAY: O REPOUSO
O céu é testemunha,
O quanto sois a realidade do paraíso,
A brisa que aparece pela manhã,
E o frescor surreal do hortelã.
Enquanto desnudo-me ao encontrar,
Em você, todas as formas de poder resgatar,
O jeito certo de sintonizar a estação que percebo,
Querer fazer parte de uma história, a qual és o mistério.
Vi em ti, muito mas que alguém poderia ver,
A princesa dos meus poemas narrativos,
O cristal mais transparente que há,
Ou até mesmo, se possível tocar.
Thay, contemplada com admiração,
A literatura nobre que já tive o prazer de ler,
Como as obras épicas de Homero,
E os sublimes filmes e séries, dos quais assistir.
Isso tudo, vindo a ser nos meus romances policiais,
A personagem que em sua própria inteireza,
Deslumbrar-me-á a minha escrita erudita,
Um anseio totalmente imortal.
É impossível não imaginar,
Que as gôndolas de Veneza,
Manifeste-se iguais a sua fascinante brandura,
Ao navegar em torno da cidade aquática.
Teu sobrenome italiano,
Originário de Perugia, na região de Umbria,
Perto do rio Tibre, e capital da província,
Transborda minha alma de luminescência,
Quando acalma-a por sua insondável natureza,
Ajudando-me a lutar contra meu ego,
No repouso que tanto me dás,
Para este coração que carrego e, não descansa,
Dando-me um pouco de si.
Poema n.3.012/ n.81 de 2023.