A filha da noite estrelada
Nem as constelações, nem a história ousaram se atrever de tentar provar
Que a cabeleira de Berenice era tão bela quanto a da filha da noite estrelada
A dela, tingida com o fogo dos vulcões, nunca foi preciso comprovar
Que suas tintas da cor do Cosmos a deixam determinada
O espírito de negação nela surge quando o cipreste emerge
Por querer continuar a pintar seu coração para fora de sua anatomia
Protetora de seus sonhos, contra tudo e todos ela diverge
E na noite estrelada, cataloga o céu em sua própria astronomia.