THAY: A ISRAELENSE
Descobrir que és a beleza incontestável da primavera,
O sol que faz do verão ser o que ele realmente é.
A lua prateada que dá vazão às dádivas,
Quando eu passo a ortografar, viajando nas lembranças.
De tudo um pouco, e o nada se compararmos,
As asas invisíveis de sua expressividade!
Nas margens de uma arte que se possa ser entendida,
Ao passo que denotas os traços de sua imortalidade.
Sois a israelense que vive em Tel Aviv,
Pelo menos nos cenários em que eu vejo.
A Ziva David que já fora até interpretada,
Mas que, talvez, sejas a personificação que percebo.
Ver-te atrás dos teus olhares,
É como se eu estivesse adentrando,
Os vales do infinito de tua alma,
E acabando por contemplar o seu adormecer.
E disso, não posso nem fingir,
Muito menos vir a fugir!
Da metade que é somente sua:
A conexão que viemos a ter pela poesia.
Isso transcende os limites do tempo!
As razões pelas quais eu mesmo desconheço.
Thay, de repente, chegas a dançar Harkadá,
Um típico baile circular, a intensidade de Israel,
Vindo a ser produzida desde o século XX,
E que traduz a mais embelezada das culturas,
Provocando em mim, a veemência do que é artístico.
Imprevisível, és sempre!
O paradoxo entre o realismo e o simbolismo,
Dado a todas as coisas que é-me essencial.