THAY: TEUS VELADOS MISTÉRIOS
Entre mil jardins que descobrir,
Apenas há uma que ainda permanece…,
A sua face que transborda de ternura,
Irrigando as flores que guardo como versos na alma.
E a sua voz tão angelical,
Irreversível, vem a cantar sem medo,
As chuvas e os temporais que chegam,
Fazendo-os serem as estrelas e o sol.
Não podes imaginar o quanto testemunhas,
As mudanças que eu pude sentir!
Que todos os sossegos existentes aqui…
Já se esconderam para longe de mim.
Mereces o tanto, que o muito para ti,
Parece ser indiscutivelmente pouco!
E nisso é que vens a produzir,
A beleza que qualquer nascente,
Correria para encontrar-se,
Com os teus velados mistérios.
Thay, onde consigo ver o teu respirar,
Que entra as noites, e invade o mar?
E os deslumbres da primeira vez,
Quando uma só palavra sua,
Transcendeu a verdadeira definição.
O ocaso não se configura,
Pois és a candura prevista,
Em meio as encantos e magias,
Nesta plenitude que se mostra o tempo,
De todas as épocas e idiomas falados,
No que se pode viver sem pretexto,
As leituras com que tens me transpassado.
Poema n.3.006/ n.75 de 2023.