THAY: TEUS VELADOS MISTÉRIOS

Entre mil jardins que descobrir,

Apenas há uma que ainda permanece…,

A sua face que transborda de ternura,

Irrigando as flores que guardo como versos na alma.

E a sua voz tão angelical,

Irreversível, vem a cantar sem medo,

As chuvas e os temporais que chegam,

Fazendo-os serem as estrelas e o sol.

Não podes imaginar o quanto testemunhas,

As mudanças que eu pude sentir!

Que todos os sossegos existentes aqui…

Já se esconderam para longe de mim.

Mereces o tanto, que o muito para ti,

Parece ser indiscutivelmente pouco!

E nisso é que vens a produzir,

A beleza que qualquer nascente,

Correria para encontrar-se,

Com os teus velados mistérios.

Thay, onde consigo ver o teu respirar,

Que entra as noites, e invade o mar?

E os deslumbres da primeira vez,

Quando uma só palavra sua,

Transcendeu a verdadeira definição.

O ocaso não se configura,

Pois és a candura prevista,

Em meio as encantos e magias,

Nesta plenitude que se mostra o tempo,

De todas as épocas e idiomas falados,

No que se pode viver sem pretexto,

As leituras com que tens me transpassado.

Poema n.3.006/ n.75 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 10/11/2023
Código do texto: T7929209
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