THAY: A GUARDIÃ
Inquestionável como sempre,
Vivendo numa época medieval,
Onde, se amanhã o seu desejo acordar,
É que entre mil estrelas, banhando-te estarás!
Somente com o timbre de tua voz,
És capaz de invocar-me impreterivelmente,
Sendo alguém que guarda e que protege,
Thay, a guardiã de minha alma!
Um minuto seu, em que estejas desalentada,
Seria uma chance a mais de versar com dependência,
A respeito do invisível com que a tua imortalidade,
Leva-te a ser um ser humano indispensável,
No caminho que tens andado pela verdade.
Sois assim! A aspiração que influencia meus manuscritos,
Apresentando-te como o princípio de tudo o que existe,
A protetora itinerante a qual contém.
A representação de tantos versos,
Também a essência divina da sacerdotisa.
Quem sois na realidade?
A reflexão, a contemplação e a intuição!
O sol a ser a autoexpressão em si mesma,
Buscando a inteireza da sapiência,
Exalando este perfume em questão.
Derramas-te como as chuvas,
Um símbolo celestial aqui na terra,
Acolhendo-me no interior de uma caverna,
A qual vens a ser o renascimento,
Dos não tão interpretáveis mitos de origens,
Permanecendo séculos a fio,
Significando-te na mais linda personificação de Calíope.
Não arrependo-me de uma só palavra,
Que incansavelmente eu tenha escrito!
Já que vejo-te como a fonte que transborda,
O que outrora, fora simplesmente oculto.
Não é-me viável fazer-te uma indagação retórica,
Deixando-te deveras tão sem graça,
Mas digo-te que, teus cabelos são,
Um vínculo mágico de quem és,
E de quem traduz a linguagem metafórica.
É o bastante? Não, não é!
Serão 12 dos quais ainda leras,
Do que carrego na memória,
Para vir a descrevê-la como mereces.
Saibas, no entanto, que o relógio antigo,
Fixado nas paredes de uma cidade parisiense,
Marcam as horas do coração e,
Por ele, é que se compreende,
As razões de seres a inspiração.
Poema n.2.999/ n.68 de 2023.