THAY: LENDÁRIA SEREIA

E é em mares navegáveis,

Que te revelas de maneira inteira,

Deslumbrante como a lua,

Quando se desponta nos céus.

A sublimidade do que desconheço,

Onde o véu acaba as vezes por descortinar,

Tudo aquilo que não se encerra,

Mas que vem para se conectar.

Tão misteriosa e guardiã de tais segredos,

Dos quais não expoẽ, e nem se ouvem falar.

Banhada a luz das próprias águas e,

Enfeitada com as pérolas das conchas.

Hipnotizas com as mais ternas melodias,

Este seu poder feminino que faz,

Com que eu esteja somente envolvido,

Ao ficar observando-te do cais.

É no teu silêncio que se transparece,

A lenda que sempre entorpece,

Os marinheiros em seus navios,

Ao depararem-se com o som da tua voz.

Thay, sois a sereia a nadar sem medo,

Até a praia que mais te encantas,

A fim de te tornares, indiscutivelmente humana,

Passando a sentir a areia com seus pés.

Então, apenas com o seu sorriso,

Tens o verdadeiro dom de desarmar o poeta,

Que vai correndo às pressas ao teu encontro,

Nem que seja no profundo de um infinito,

Abrigar-se sob as suntuosas barbatanas.

Poema n.2.998/ n.67 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 30/10/2023
Código do texto: T7920388
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