Tributo sincero às mulheres estas profundas
Tenho uma profunda admiração,
um respeito solene,
uma perplexidade atônita de estarrecimentos
pelo sacramento que são estas mulheres de lutas e alentos;
Mulheres estas de que não me fadigo de contemplar,
De me espantar a mim ao vê-las colherem
flores e honras a estas almas profundas,
Porém aqui falo claro das mulheres
verdadeiramente encantadoras e formosas por dentro,
Mulheres que nunca param de combater o bom combate,
Mulheres que de facto cuidam de seus filhos, com amor e direção;
Mulheres independentes que trabalham fora
e ainda zelam por seus lares com a aurora nas retinas,
Mulheres que mal descansam e o riso
Que goteja sempre das mãos e dos lábios;
Mulheres estas que desbravam horizontes
E ainda estendem a mão a seu próximo;
Mulheres estas que melhoram o mundo
a partir de suas ações cotidianas, simples, prosaicas,
mas tão essenciais às essências das coisas daqui,
dos sonhos ali e das esperanças acolá...
Mulheres que olham para trás às vezes,
porém sempre estão com o coração no presente e no porvir;
Mulheres estas que guardam tantas lágrimas
dentro de si, meu Deus! e a força ainda brilha
em seus olhares;
Mulheres estas cheias de marcas e cicatrizes pelo corpo e pela alma,
todavia o espírito é mais forte e destemido
do que dez batalhões de soldados masculinos;
Mulheres que sabem cuidar das flores de seus quintais e jardins,
assim como não temem e nem desprezam as pedras
que surgem à beira das raízes de seus caminhos e das plantas;
Mulheres estas que sabem ser alegres e enxergam (além do olhar)
o labor do arco-íris de se viver;
Mulheres estas sempre lindas, eminentes, sublimes,
cujo coração é um altar à vida;
Mulheres estas tão solidárias e humanas e guerreiras
que germinam vidas dentro de si,
E cuidam com tal amor indelével e divino de seus frutos,
e sabem que um dia esses frutos precisam florescer,
enveredar e conhecer e viver searas
distantes os frutos do lar, dos seios e das mãos
que tanto os aninharam, protegeram-nos
e os amaram com tal profundidade de plenitudes.
Ah meu Deus! Como brada em minhas retinas doloridas
Esta profunda admiração, respeito, entusiasmo, carinho
e perplexidade profundos por mulheres estas,
Que são verdadeiros rios cujas correntezas, profundezas
e mistérios sempre a fluir estão
e habitam além de todo preceito, conceito e filosofias,
Pois estas mulheres são o veraz Verbo da Vida
deste moribundo mundo_ tão profundo e i-mundo.