Augusto dos Anjos Inspira Dor
No cerne da poesia, musa desfigurada,
Na carne do poeta, fremita o coração...
Augusto inspirador, alma predestinada,
Poeta desconsolado, lírio da solidão...
Na míope visão do absconso da alma,
A dor esmiuçada no auge de sua vida;
Flui a inspiração tanto que lhe acalma,
Balsâmico elixir para alma desfalecida.
E assim o pranto no rosto que ora cai,
Junto com o amargor pois da vida sai,
Divina secreção, que à morte insinua...
A inspiração que acompanha o poeta,
Das dores e decepções do hábil esteta,
Semeada, lavrada, ao seio da terra nua.
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No dia 12 de novembro de 1914 morria o poeta Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos, na cidade de Leopoldina (MG). A causa da sua morte precoce, aos 30 anos de idade, foi uma pneumonia. Nascido em Cruz do Espírito Santo (PB), no dia 20 de abril, de 1884, Augusto do Anjos começou a compor versos aos sete anos de idade. Ao longo de sua vida e de sua carreira como poeta, ele foi algumas vezes identificado como representante do simbolismo ou parnasianismo.